segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ocultos

Escondo meu auto controle sob a mascara da timidez.
Tolho os desejos e transformo-me me gelo.
Como um anjo protejo-me envolta minhas asas brancas e castas.
E silenciosa espero quem derreta-me.
Que me leve, me guie e me ensine.
Lutarei contra os seus esforços, mas peço que não desistas.
Não será fácil, não será agora e não será certo.
Insista!
Controle-me.
Descontrole-me.

Deixe-me inconsciente.

Inconsequente.

Tire-me da minha razão pré fabricada

E obrigue-me a ser eu.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

dúvida

eu disse pra mim mesmo que era estupidez.
mesmo assim, cliquei em enviar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

aviso aos que me seguem e são seguidos... por um problema qualquer q eu não sei explicar não consigo mais comentar no blog de vcs... ms continuo lendo o q vcs escrevem okay :D beijos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

o quarto de Camille

Camille não afastou o toque quente das mão de Raphael. Mesmo que a temperatura da sua pele lisa e morena a assustasse um pouco, ela deixou que ele percorresse sua cintura a caminho de seu pescoço, onde ele, sem delicadeza ou brutalidade, simplesmente seguindo instintos, tomou o rosto dela entre as mãos para contempla-lo.

Camille também o observou. Receosa e inundada de um prazer inexplicável. Ele não parecia humano, seus olhos castanhos eram vivos e sedentos por algo que ela não podia explicar. Aquele par de olhos penetrantes a amedrontavam ao mesmo tempo que eram um convite irresistível à proximidade.

Era viciante sentir o calor que emanava dos seus braços fortemente envoltos no corpo magro e frágil de Camille. Sua boca, ao contrario de todo seu corpo (aberto à contemplação) calava-se. Como se escondesse um segredo milenar. Segredo esse que Camille ousaria desvendar.

Ela o havia deixado entrar na sua casa, sem que ninguém visse. Agora estavam os dois deitados na cama dela. Imprudentes e impulsivos.

Então a lua, cheia e zombeteira, brilhou no céu inundando o quarto de uma luz azulada e fria. E Raphael, veloz como um anjo (como sugeria o nome) desceu, sem explicações, pelo parapeito da janela do segundo andar, de onde espiava Camille todas as noites e desapareceu por entre as folhagens do jardim.

E Camille ficou na janela, vendo o desaparecer. Ela guardaria seu segredo. Ele no entanto, levava consigo, para sempre, o calor do quarto de Camille, e sem querer, no correr veloz de um lobo Raphael levava também o coração da pobre moça.