sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Saudade

Você escapa pelas minhas mãos atadas.
Você deixa seu cheiro sem que minhas lagrimas possam apaga-lo.
Você me encurrala contra a saudade que eu nego sentir.
Você vai.

E eu? e eu faço de um ate logo uma sensação estupida de adeus.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

me importo em ter que escolher entre meu sentimento e o certo
me importo com essa raiva infantil que tem que ser só minha.
me importo em ter que dizer "ele não veio".
me importo em não saber o por que.
me importo em ter que ouvir "não sabia q você fazia questão"
talvez eu não devesse me importar
talvez eu deva aprender a ser adulta
talvez eu tenha q aprender a não fazer planos.
mas uma novidade: eu não mando nessa vontade de esperar você!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

um soneto para ele

Cativou-me teu sorriso aberto,
teu afago e tuas palavras sinceras.
Em teus quentes braços, meu ser oferto
por que, em mim, fizestes primaveras.

Me truxestes flor, me trouxestes verso
Iluminou-me, coloriu e deu o tom
da mais bela canção do universo
Mais bela rima, mais belo som

da tua voz doce que me convida
da viver o amor, conhecer a vida
E na poesia de rimar esse soneto

Dançar mil valsas de Cinderela
e dizer: meu amor eu lhe prometo
que serei para sempre tua Bela

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

destilada

Pura
Como a cachaçinha branca
Que confundia minhas vistas
E me soltou em seus braços.

Viciante
Translúcida e convidativa.
Como suas mãos cálidas que ascenderam meu desejo.

Eras minha, mas me dominava.
Fazia de mim o que bem entendesse.
E no fundo eu nada podia fazer
Pois tu, tentação!
Eras pura.

sábado, 22 de setembro de 2012

23 de setembro


23 de setembro - dia nacional do sorvete e aniversario da descoberta do planeta netuno e de varias outras coisas desimportantes que me dão preguiça de descrever.
Dia comum de primavera até o ano especifico de 1991. Foi quando a família Bernardes da Silva foi agraciada por um menino lindo com um sorriso contagiante (Esse ai mesmo que vocês veem na foto). Eu, nesse dia, não sabia de nada ainda, só me espreguiçava preguiçosamente na barriga da minha mamãe.

19 anos depois eu fiquei sabendo da existência desse tal Victor, o menino que nasceu nesse dia comum de primavera. A partir daí eu ansiei por conhecê-lo. E não sabia quão eu seria feliz quando ele entrasse definitivamente na minha vida

Hoje, 21 anos depois desse “23 de setembro de 1991”. Ele se torna uma parte especial na minha vida.
E eu agradeço muito por ele ter tornado minha vida mais cheia de luz com esse sorriso lindo que ele guarda ate hoje.
Agradeço por ele ter crescido e se transformado nesse homem-menino educado, fofo e talentoso de quem eu tanto me orgulho.
Eu sei que é seu aniversario, mas eu que me sinto presenteado por ter você em minha vida. Obrigada!

E que sua vida siga assim cheia de felicidades, e que todas suas decisões sejam iluminadas para que você seja sempre esse filho de Deus especial e agraciado.

Você merece tudo de bom da vida. Te amo!

domingo, 16 de setembro de 2012

Erro (?)

Eu havia perdido o controle.
Eu já não me via nas faces rubras e adultas que refletiam no espelho.
Não podia, ao menos, me achar dentro daquele corpo que se contorcia ao som das batidas cadenciadas do meu coração em sobressalto.
Eu era uma estranha.
Eu me envergonhava, mas já não podia parar.
Era um veneno. Eu era meu próprio veneno.
Em apenas um momento de descuido, eu havia ido longe demais.
Longe demais de mim.

domingo, 12 de agosto de 2012

rosas brancas

A primeira rosa branca estava murcha.
Aliais não me lembro exatamente se era branca, rosa ou vermelha. Só me lembro que era um rosa.
E essa foi minha primeira memória.
A segunda a rosa branca estava congelada.
Eu esmaguei a pobrezinha em meus dedos e fiquei cheirando a rosas uma semana.
E esse foi meu meu primeiro amigo.
A terceira rosa branca estava perfeita.
Perfeita tal qual o momento em que eu me encontrava. 
E esse foi meu primeiro amor.
São simplesmente rosas. Brancas, perfeitas e  irmortais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

preterito perfeito

No silêncio dos carros imoveis
Dois corações batiam, discretos.
Em um tumulto estagnado da ausência de rotina.
Uma rosa se destaca, branca, na paisagem
Branca como as mãos pálidas que entrelaçavam-se as suas.
Um leve rubor vermelho tomava as minhas faces.
Vermelho como o calor que emanava de seu toque.
As cores eram sons discretos.
Como fadas que bailavam ao redor do mundo, do meu mundo.
Como se dissessem: "Haverá um futuro"
Para o meu pretérito, perfeito!"

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Uma gota de chuva caiu em meu rosto.
E eu, distraida, sequei aquela lagrima que não era minha.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

http://letras.terra.com.br/tulipa-ruiz/1634346/

Você me chamou pra dançar aquele dia
Mas eu nunca sei rodar

Eu disse um "não" tão baixinho que ninguém ouviu daí você me puxou e eu nem quis lutar e eu fui, sem saber se por minha vontade ou não, dançar.Cada vez que eu girava parecia
Que a minha perna sucumbia de agonia

Ou sera de nervosismo, por te ter assim tão perto?
Em cada passo que eu dava nessa dança
Ia perdendo a esperança

Era só uma dança afinal, nada mais do que tinha passado na minha mente era verdade, íamos só dançar.
Você sacou a minha esquizofrenia
E maneirou na condução

Você parou, chegou perto. quebrou o gelo e o medo. Acalmou as batidas arritimicas dos meus pés e do meu coração.
Toda vez que eu errava você dizia
Pr'eu me soltar porque você me conduzia

Você prometia não me soltar, de me guiar com carinho. De me ensinar e não exigir de mim mais do que eu poderia saber dar. Com calma e paciência ia guiando-me e ensinando-me.
Mesmo sem jeito eu fui topando essa parada
E no final achei tranquilo.

E quando me vi já estava imersa nessa dança. Eramos um duo. Eramos completos. E bailávamos.
Só sei dançar com você
Isso é o que o amor faz
 

A um ano atrás

Dia 03 de maio de 2011. Terça feira. Eu, sinceramente, não tenho ideia do que eu estava fazendo naquele dia. Se fosse pra chutar eu diria que estava me sujando com algum material inútil na aula de plástica tridimensional e reclamando do meu professor escravocrata de projeto.
O de sempre. Com certeza.
Quanto a você não tenho a menor ideia do que você possa estar fazendo, ou no que (ou eu ousaria dizer, em quem) você estava pensando. Você se lembra?
Mas questão é, a um ano atrás, eu lembro muito bem, eu estava perdida em meio ao vazio dos amores ausentes, a uma ano atrás, com registros do meu próprio blog eu esperava "alguém do acaso. Alguém que ainda não existe".
A um ano atrás eu não sabia que em um mês, em um pequeno mês de outono, eu encontraria o dono dos meus sonhos.
Eu me lembro, que naquele dia,um mês depois do 03 de Maio, eu tinha passado a chave na única porta da torre e mesmo assim entrou pela janela. E sem que eu percebesse já era dono do meu castelo.
Você não veio de cavalo branco, que faz barulho e acorda a todos. Você veio sorrateiro, no meio da noite. Me chamou pra dançar, eu aceitei. Se aproximou. Eu não resisti. Me fez sua, e eu adorei.
E pensar que a um ano... eu não acreditava em príncipes encantados.

E hoje, eu so tenho a agardecer, e dizer, com humildade, que eu te amo!

sábado, 10 de março de 2012

Pequeno pedido

Venha mais cedo.
Fique mais tempo.
Seja eterno, nos minutos que nos cabem.
Lave a saudade,
Mas nao a leve contigo.
Deixe me te esperar outra vez,
Como agora te espero.
Mas nao me faça esperar muito.
Venha logo.
E permaneça.
Simplesmente, permaneça!



"se tu vens as 4 da tarde, desde as 3 começarei a ser feliz" o pequeno principe

domingo, 4 de março de 2012

o beijo

Por um momento as mãozinhas frenéticas de Elisa pararam e ela sentiu os lábios de Rafael se afastarem de sua boca. Ela não abriu os olhos, segura que eles voltariam.
Então, lentamente, Rafael subiu os dedos pelo pescoço dela os puxando os lábios de Elisa contra o seu. Ela deixou ser guiada para o paraíso por aqueles lábios macios que agora brincavam devagarzinhos com os seus. Eles não era ousados ou agressivos, mas sussurravam promessas de amor silenciosas enquanto dançavam pela boca e pescoço da garota.
Ela de olhos fechados e alma aberta, correspondia ao toque e a cada sensação de deleite ela afundava um pouco mais naquele sonho. Deixou que a magia explodisse a sua volta e que os registros de sua memoria tornassem a cena intacta em sua mente.
De fora, era só um beijo comum, mas para Elisa, era o primeiro que selaria um final feliz.

quinta-feira, 1 de março de 2012

uma história

Existiam três amigas que trocavam email coloridos,escreviam num blog fofo, gravavam vídeos engraçados e acreditavam que ninguém as notariam.
Dessas amigas, cada uma tinha sua historia e seus pensamentos. Mas todas ouviam musicas românticas e esperavam um príncipe encantado que parecia nunca chegar. Cada um via refletida nas decepções alheias seu próprio aprendizado. Elas dividiam suas conquistas e seus dramas.
E cresciam.
Hoje elas não mandam mais emails coloridos. Não se vêem toda a semana, nem podem se dar o luxo de se ligarem sempre. As responsabilidades já não deixam ela serem mais garotinhas.
Mas ela ainda compartilham seus aprendizado, e hoje, posso afirmar com absoluta certeza que elas continuam trocando suas glorias e derrotas, e assim crescendo uma com o ensinamento da outra.
Elas aprenderam que romances podem parecer com filmes. E que elas, contrariando toda lógica da adolescência, podiam acabar junto do menino popular, que na época dos emails coloridos jamais olhariam para uma menina "de short comprido". Elas mostraram uma as outras que, apesar de todo aquele estigma de eternas crianças, as três amigas poderiam crescer. Elas provaram que tínhamos mulheres responsáveis dentro delas prontas pra assumir seus papeis no mundo.
Elas aprenderam a magica de esperar o momento certo das coisas acontecerem. Aprenderam a perseverar e nunca desistir do sucesso, a lutar pelos sonhos e sorrir mesmo quando tudo parece dar errado.
Então elas seguem, as três: acreditando, esperando e lutando. E ainda vendo quão longe da maturidade elas ainda estão. Como ainda as meninas dos emails coloridos ainda estão tão presentes nas vidas delas, mas como elas puderam aprender as as vezes se recolherem no fundo das lembranças.
Ganhando os louros das suas vitorias. Aprendendo a driblar seus medos. E a falar quando a voz some na garganta.
Amigas.
Diferentes, iguais, confidente, que arrancam sorrisos em qualquer momento, que ouvem e que falam sem param....
simplesmente : Amigas.
Obrigada

domingo, 26 de fevereiro de 2012

principes


"Um dia você vai encontrar o homem da sua vida. Seu melhor amigo, sua alma gêmea, aquele que você poderá contar seus sonhos. Ele vai tirar seu cabelo dos olhos. Te enviar flores quando você menos esperar. Ele vai ficar admirando você durante os filmes, mesmo que ele tenha pago 8 reais para assistir. Ele vai te ligar para dizer boa noite só porque ele sente sua falta. Ele vai olhar no fundo de seus olhos e dizer: ‘’Você é a garota mais bonita do mundo.’’ E pela primeira vez em sua vida, você vai acreditar."
Esse texto não e meu, mas é lindo...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

cinzas

Haveriam, como premeditado, novidades.
Em breve, Marina supunha.
Não soube dizer se o que viria era bom ou ruim, nem ao menos em que resultaria.
Só uma palavra brotava desgarrada de sua mente: PROVE!
Do ponto de vista da curiosidade pulsante da menina, palavra exprimia seu significado mais óbvio: Experimente! Porem, do olhar da insegurança, significava apenas: Mostre a verdade!
E ambos sentidos se completavam na fragilidade dos olhos verdes da garota.
Marina, então analisou sua auto imagem em busca de respostas:
Frágil, desprotegida e com a alma cheia de pensamentos vis buscando a redenção. Desprovida de qualquer senso critico, de qualquer sutileza. Negava-se a pureza do branco, pois esse já não lhe satisfazia, mas ainda temia estar cedo demais para entregar-se à força do negro. Mas acima de tudo ela não queria ser mais cinza!
Queria escolhas e as temia ao mesmo tempo.
Queria ser cor, queria ser única!
Prove! escolha! Experimente! E acima de tudo não se arrependa,pois seres inicialmente cinzas não são feitos para a decepção.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

meu reino em pedaços

Sim, reclamarei da minha vida boa de princesa:
Mas antes um aviso: princesas também se magoam, também tem vontade de mandar tudo a merda, também choram e xingam, mas ao final das contas, ainda assim são princesas. Maquinadas e penteadas, elas estão prontas pro baile da vida, pois afinal, elas tem - e são- tudo do bom e do melhor.

Venho dizer, meus queridos amigos, que meu palácio abriu as portas para o grande julgamento. A horda de juízes que fingem saber de tudo, e os sábios de varias partes do mundo que querem meter o bedelho onde não foram chamados, estão afiadíssimos pra julgar.
Não haverá réus, eles julgaram uns aos outros, baseados em nada mais nada menos que suas experiências anteriores.
Então um começa, aleatório, e cospe uma serie de injurias.
A princesa, com pouca aptidão a julgamentos e uma tendência estranha a sentir penas dos condenados, entende que aquela mente perturbada só retira da sua própria mente seus temores, atirando-os sem piedade sobre o primeiro que aparecer. A princesa, ou eu se assim for melhor, permanece calada, sem saber que é julgada, também por seu silencio.
Então, aquele que foi acusado, como defesa natural, se diz ofendido pelas infundadas alegações, também contra ataca, e mais uma vez a princesa e posta a prova.
Então, ardilosos os dois se viram pra ela, sob a única acusação: você não pensa nem nunca pensou sozinha, você e igual a ela, igual e ele.
A princesa se retrai, assustada com a ferocidade de algumas verdades que saem, aparentemente inofensiva da boca de quem ela menos esperava. Mas ela procura entender, é cada vez mais dificil entender os requintes de crueldade de uma mente que ela pensava conhecer bem.
nada faz mais sentido e ela só espera que isso termine, ela quer a paz, mas não e justo desamparar seus aliados diante da guerra. Ela não tomará partido, mas secretamente, ambos a julgam defendendo a parte oposta, a julgam manipulada e incapaz. Exigem sorrisos e compreenções.

Sentada em meu trono, apenas espero, vendo meu reino sucumbir ao caus.
E meu coração, sucumbir a culpa de não poder proteger aqueles que amo.

Paralelos

Ele olhou nos olhos negros e convidativos dela.
Ela retribuiu, com um leve sorriso sedutor nos lábios.
Eles se aproximaram, como velhos amigos e amantes.
Então hesitaram.

Até ai, temos uma historia comum, de duas crianças que cresceram juntas, de dois amigos que um dia descobriram o despertar do amor. Mas esses dois, Ana e João, para dar nomes ao bois (talvez até fictícios, não sei ao certo), não eram um casal. Não por vontade própria mas por vontade de um destino.

-Você parece um menino nesse uniforme - disse João, com desdém
Ana riu, deslizando as mãos, provocativas, pela saia justa e longa que nada se assemelhava a um uniforme masculino. Exceto, talvez pelo fato das condecorações presas ao corpete de metal mostrassem que ela ocupava um alto cargo no exercito do seu pais.
-E você parece uma menininha com essa roupa e comerciante- ela respondeu, dando um ar mais informal ao encontro.
-O que faz fora do castelo? não devia estar servindo ao país? - ele provocou.
-Folga - ela respondeu, radiante- Ate os mais imprescindiveis merecem um descanso
-Modesta como sempre - ele falou, se aproximando.
Então eles, contrariando qualquer regra social se abraçaram longamente, como a muito tempo não faziam.
-Por que você foi entrar nesse maldito exercito? Agora posso ser preso apenas por conversar com você. - ele disse, num misto de revolta e decepção.
Ela apenas abaixou o olhar, insatisfeita. O tempo no castelo havia desacostumado Ana à decepções. Todos a respeitavam e faziam suas vontades, poré, pela primeira vez ,em muito tempo, ela via as coisas saírem de seu controle.
-Queria que você tivesse passado naqueles testes.
-Eu devia ter treinado mais com você- ele riu- Ou talvez ter competido com um adversário mais fraquinho.
-Realmente, você era muito mais bonito antes dessa cicatriz horrorosa - Ela disse acariciando de leve a marca deixada pela espada adversaria na pele branca do rosto de João.
-Ousada. - ele brincou afastando o toque dela.
Eles se olharam, Ele desviou o olhar.
-Ana- ele parou, voltando ao contato visual, mesmo que os dois ainda mantivesse certa distancia-Largue tudo e vamos fugir juntos pra onde não tem essas regras tolas de castas.
Os lábios dela abriram no inicio de uma frase. Mas nenhum som saiu. Alguns minuto se passaram, até que ela finalmente disse, apática:
-É tarde, eu encontrei meus destino, minha missão. Se eu fugir, deixarei parte de quem eu sou para trás. É incerto demais, não seria feliz sabendo que para estar com você devo deixar de ser a pessoa por quem você de fato se apaixonou.
Ele não disse nada, apenas olhou em volta e percebendo que não havia ninguém os olhando tomou-a em seus braços num beijo derradeiro. E por uma ultima-e única- vez, seus corpos ficaram unidos nos segundos de felicidade que eles levariam para sempre enquanto estivessem cumprindo suas obrigações.
E sem dizer nada, eles se afastaram e foram viver suas vidas. Como dois paralelos, que só se encontram no infinito.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Voltas

Enquando caminhava pelo calçadão, milhoes de pensamentos passavam por sua cabeça. Uma coisa a deixava triste, e - infelizmente - com raiva. Porque ela se decepcionou, com pessoas que considerava totalmente verdadeiras.
Sim, na vida, muitos vão, mas muitos ficam. Muitas vezes ela foi afastada (ou se afastou?) de pessoas que amava. Por orgulho, por achar que não era importante, por não querer (ou querer).
Mas elas voltam. Sim! Pode demorar tempo, como lembrou de uma amiga, mas volta, aos poucos, até um total laço de "tava com saudade".
Outros voltam não tão importantes, mais querendo saber o que fez do que saber como era. E isso, as vezes, é bom.
Mas o que a incomodava era uma que voltou, e sumiu. Sim. As desculpas de nova companhia, sinceramente, não se fazia mais válida, ao passo que era um motivo de não se aproximar. Tudo bem, ela entendia que era a "pequenininha", mas isso não impedia de ter assuntos de gente pequena. Mas pelo visto, isso não bastava mais.
Ser trocada? Ela temia. Com seus amigos sim, porque tinha ciumes, porque os ama. Mas isso, a menina garantia que não se afastaria nunca de quem ama. Correria atras, se for preciso, porque as amizades de coração não se vão. Mas a receptiva não dependia só da menina, não acham?
As vezes, é hora de cuidar de quem esta do seu lado. A menina estava aprendendo a fazer isso - pensou com orgulho. Quem ama cuida? Também. Mas quem ama, faz a pessoa se sentir bem, faz a pessoa gostar de conversar, de correr atras, e ser receptivo. Quem ama, sempre, sempre, voltará.


E de novo:

"Tu te tornas eternamente responsavel por aquilo que cativas"

fugivos

Fujo de salas e de verdades inevitáveis

vejo a mascara derreter-se aos poucos na imensidão do vazio que reflete no espelho

quero fingir, já não deixam

quero fugir, mas não há estradas

entao, finjo que fujo

finjo que estou afastada da minha estupidez

mas ela se estampa, na minha face nua.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

lençois

Vou dormir sentindo meu cheiro,
por que o seu já nao está mais em meus lençois.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

paciência

"O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência..."

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

adendo

Odeio conflitos pisicologicos, principalmente aqueles que ja estão secretamente decididos.

sábado, 7 de janeiro de 2012

plástica



A imagem imaginaria do espelho refletia o material de sonhos do qual éramos feitos.
Pequena, pálida e contorcida, oscilava entre sedas e porcelanas, como uma pequena boneca segura em seus braços de adultos.

E nesse momento, tão de mentira, nós éramos completamente reais.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Reflexão

Não me diga o que e melhor pra mim.
Sei caminhar para o erro sozinha.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

a gente se misturando feito leite e café

A chuvinha cai fina pela janela da casa de campo

Emma olhou para seu copo de café. Pingos de leite clareavam a mistura.


Assim que ela gostava: O frio do leite com a quentura do café. A cor e o sabor que ela aprendera a ligar com o amanhecer, com o dia a dia e com afeto da mãe.


Separados, o café e o leite pouco significavam para ela. Não tinha o sabor de suas lembranças, eram só sabores distintos, cumprindo outras funções e se misturando- ela ousava pensar- com as misturas erradas.


Eram completos em si, porém complementares. E depois de juntos, inseparáveis.


Diferentes, e por isso perfeitamente encaixáveis. Não estavam ali para cumprir funções, mas para servir-se mutuamente (e ao mesmo tempo a um bem maior). O porque de estar junto não importava, o estar junto que era o bem precioso dos dois.


De repente ela se sentiu como um copinho de leite, que tinha encontrado seu café.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Fogo e Gelo



A capa verde esmeralda de Sir.Ulric destacou-se em meio a imundice enquanto as luzes tremulas de uma fogueira recém acesa iluminavam a escuridão de minha cela. Olhei as costas de minha mão, agora presa a correntes, e percebi uma queimadura onde antes havia uma marca que me ligava a toda magia do ser que eu buscava me transformar. Queimar a marca do fogo? Como Sir.Ulric podia se tão despresível e arrogante, pensei comigo mesmo.
- Ele não vai vir, ele não vai cair nessa armadilha - Eu disse com ódio.
- Ah, minha bela, isso não é uma armadilha - Ele sorriu enquanto retirava uma espécie de barra de ferro de sua bolsa- Sabe, a TV aberta não pega bem nas prisões, e não queremos que nosso Darin morra de tédio em sua cela não é querida.
- Ele está preso?- eu sussurrei baixinho, em total desespero. Pela primeira vez, desde que fora presa, as lágrimas rolaram silenciosas.
- Que romântico: A pequena Alden está chorando pelo seu amor! - ele meteu a barra de ferro na fogueira - Mas eu lhe darei motivos para chorar, vamos entreter seu namoradinho. Tão mais fácil agora que você não é imune ao fogo.
Então, vagarosamente, a dor me fez cair na inconsciencia.
Flashs de imagens surgiram na minha mente. Uma sala branca,correntes,uma porta de ferro, branca... Então as imagens começaram a ficar cada vez mais estáveis, até que percebi que algo estranho tinha ocorrido: estava na mente de Darin. Fogo e gelo, Yin e Yang. Éramos eternamente complementares. A ligação com nossos arcos estava quebrada, porem a ligação entre nós ainda existia. De certa forma, nosso poder estava intacto.
"Proteja suas mãos, eu vou derreter a corrente. Espero que minha teoria esteja certa. Não posso te ajudar mais que isso, minhas forças não dariam conta. Enquanto você me ouvir na sua mente, estarei viva. Venha me buscar. Eu te espero"
"Eu Vou"ouvi minha própria voz na resposta, mas eu sabia que ele tinha me ouvido.
Novamente o escuro, e eu acordei, agora na realidade. Uma mulher cuidava de mim. Ela forçou minhas pálpebras a se fecharem novamente.
- Ele te quer viva, então continue fingindo inconciencia se não quiser servir de brinquedinho pro senhor maquiavelico - ela sussurrou em meu ouvido enquanto fingia retirar a atadura do meu braço.
- Me de tempo. Por favor. Me ajude. Ele fugiu. Ele precisa chegar aqui. Eu preciso estar viva...- eu sussurrei apressadamente sem me dar o trabalhado e me certificar que ela entendia minhas palavras. Então ela puxou uma das atadura,a dor me levou de novo para a escuridão.
Mais flashs: Eu, ou melhor nós, estávamos nos esgueirando pela colunata que margeava a praça principal onde ficava a cadeia. Havia pessoas congeladas.
De novo a escuridão.
Vozes, Ulric tinha descoberto a fuga. Ele vinha descendo as escadas. Tive medo. Forcei todo meu corpo a reconectar a ligação com Darin. De repente meus sinais vitais desapareceram. "Morta" ouvi uma voz dizer."depois cuido dela, temos um fugitivo a caminho de Arion"
"Arion, estou no castelo de Arion" eu repeti a mim mesma.
"Eu ainda te ouço" a voz dele me reconfortou "Você está viva, eu vou te buscar"
Dor, eu não sabia vinda de onde.
Flashs: a paisagem corria rápida pela janela do vagão, Darin se escondia por trás da capa azul escura. Havia urgência, no meu pensamento e no dele.
Escuro.
Flashs: Darin corria pelo castelo de Arion, havia gelo por todos os lado. A velocidade era impressionante. De repente uma emboscada, Darin foi ferido, enquanto ele caia no chão, dezenas de soldados de Ulric o cercaram e o próprio Ulric sai de trás deles. Covarde como sempre ele não se aproxima. Vejo meu corpo inerte em seu braços.
- Solte a arma Darin, ou sua menina morre.- Sir.Ulric tem agora sua espada em meu pescoço sem pulsação.
"Eu estou morta Darin, lute, salve o mundo desse tirano" eu disse na mente dele.
"Ainda te ouço, você ainda esta viva, não vou te abandonar" ele respondeu enquanto retirava a corda do arco e a jogava aos pés de Ulric.
"Nossa ligação é eterna" Eu disse, como ultimas palavras, antes de voltar para meu corpo sem vida. Se íamos morrer, que morrêssemos juntos.
Foi então, que ao retornar à consciência do meu corpo enfraquecido eu senti que uma força saia de mim como raios, fui inundada de uma luz pulsante e meu corpo flutuou dos braços de Ulric para o meio do salão. De repente os raios de luz se direcionaram para um só ponto. o coração de Ulric.
Foi ai que eu percebi que eu havia sido usada como uma flecha para liberar o poder de Darin. Vi o corpo de Ulric tombar no chão enquanto seu sangue virava cristais de gelo.
Então eu cai, fraca, nos braços de Darin.
- Você conseguiu - sussurrei.
- Esta tudo bem agora, minha Alden - Ele falou - Eu te amo!