sexta-feira, 1 de abril de 2011

Perseguição (1)

Ela me perseguia. Cruel. Perversa. Apontando meu erro cada vez que eu a olhasse. Ela estava pronta pra punir meus atos. Ela me perseguia. Ela me confundia. Ela me assustava. Medo. Culpa. A tormenta de ter errado sem pretender errar. Eu nem sabia mais ao certo que se foi ao acaso que errei, ou se tudo não passou de uma trama feita pela minha mente nociva. Maligna, isso que eu era. Isso que ela queria me fazer acreditar. E eu fugia. Não queria todas aquelas injúrias. Eu as merecia. Silencio. Cansaço. ... Mas havia uma casa. Misericórdia! Deixai-me entrar. Perdoe-me e acolha-me. Quero abrigo. Quero colo de mãe. Estou arrependida. Cansada de fugir. Quero-te. Estou só. Sem mim, e comigo a todo tempo me apondado a podridão do meu eu. Abra! Piedade! Perdão acolha-me em seu braços e me deixa entrar! Espera. Asiedade. Tempo. Duvida. Desespero. E mais espera... Essse é o primeiro de uma serie de textos que eu vou propor a julia para construirmos. Se baseia numa coreografia que estamos montando no contemporaneo. E a medida que formos interiorizando mais a coreografia espero que os textos evoluam. O mesmo tempo e varias visões diferentes da mesma pessoa. Acompanhem.

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