segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

passado (2)

Um único garoto no terceiro período, uma mãe que me chamava de nora. Uma rosa no dia dos namorados
E eu não sabia nada sobre o amor
Três amigas. Um coração que não se rendia as paixões platônicas. Um garoto de cabelo grande que sabia desenhar. Um bombom e uma foto no ultimo dia de aula. Uma carta apaixonada. Uma resposta cruel
E eu não sabia nada sobre o amor, mas sabia fingi-lo
Uma festa junina. Um garoto desconhecido. Um pressagio forte. Um desafio estranho "Você não resolve meu problema, resolve?". Uma surpreendente coincidencia. Duas pessoas unidas ao acaso num primeiro beijo. Um papelinho com msn pra eu não esquecer do que era inesquecivel.
E eu não sabia nada sobre o amor, mas sabia que amar era destino.
Tempos infinitos. Pessoas sem importância. Um coração se rendendo a desilusão.
Eu não sabia nada sobre o amor, mas ansiava cada vez mais por ele.
Um garoto se aproxima, Uma declaração de amor. Uma mentira. Um não.
E eu não sabia nada sobre o amor, mas pela primeira vez eu me senti amada
Vários garotos aparentemente iguais. Um convite inusitado. Uma confusão de ideias. De novo um pressentimento. "Você terá uma surpresa, você sabe qual dele será??"
Eu não sabia... de nada
Uma pergunta sem propósito "Você toca violino?". Outro presságio. Uma escolha. E naquele dia eu flutuei de volta pra casa.
Um passeio com os amigos. Um ônibus que se mexia demais. Contatos não evitados. Duas mãos que se buscaram. Pensamentos que se expandiram para fora da minha mente. Uma despedida que doeu. Outro pressentimento de que seria breve.
E eu não sabia nada sobre o amor. Mas me deixei tentar.
Falas emboladas. Nervosismo sem explicação. Um abraço antes de entrar em cena. Uma surpreendente aproximação. Mãos que se entrelaçaram. Lábios que se uniram. Um beijo no olho mas dois corações que nunca chegaram perto de se cativarem. Um adeus.
E eu não sabia nada sobre o amor. Mas ele me pareceu delicioso.

Um certo irmão de uma amiga, outra festa junina. Outra rosa no dia dos namorados, tudo parecia se repetir, numa diferença que eu não sabia explicar. Um cheiro no meu travesaseiro, e aos poucos eu não conseguia me imaginar avulsa.

Finalmente, eu sabia sobre o amor.

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