quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

cinzas

Haveriam, como premeditado, novidades.
Em breve, Marina supunha.
Não soube dizer se o que viria era bom ou ruim, nem ao menos em que resultaria.
Só uma palavra brotava desgarrada de sua mente: PROVE!
Do ponto de vista da curiosidade pulsante da menina, palavra exprimia seu significado mais óbvio: Experimente! Porem, do olhar da insegurança, significava apenas: Mostre a verdade!
E ambos sentidos se completavam na fragilidade dos olhos verdes da garota.
Marina, então analisou sua auto imagem em busca de respostas:
Frágil, desprotegida e com a alma cheia de pensamentos vis buscando a redenção. Desprovida de qualquer senso critico, de qualquer sutileza. Negava-se a pureza do branco, pois esse já não lhe satisfazia, mas ainda temia estar cedo demais para entregar-se à força do negro. Mas acima de tudo ela não queria ser mais cinza!
Queria escolhas e as temia ao mesmo tempo.
Queria ser cor, queria ser única!
Prove! escolha! Experimente! E acima de tudo não se arrependa,pois seres inicialmente cinzas não são feitos para a decepção.

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