terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

meu reino em pedaços

Sim, reclamarei da minha vida boa de princesa:
Mas antes um aviso: princesas também se magoam, também tem vontade de mandar tudo a merda, também choram e xingam, mas ao final das contas, ainda assim são princesas. Maquinadas e penteadas, elas estão prontas pro baile da vida, pois afinal, elas tem - e são- tudo do bom e do melhor.

Venho dizer, meus queridos amigos, que meu palácio abriu as portas para o grande julgamento. A horda de juízes que fingem saber de tudo, e os sábios de varias partes do mundo que querem meter o bedelho onde não foram chamados, estão afiadíssimos pra julgar.
Não haverá réus, eles julgaram uns aos outros, baseados em nada mais nada menos que suas experiências anteriores.
Então um começa, aleatório, e cospe uma serie de injurias.
A princesa, com pouca aptidão a julgamentos e uma tendência estranha a sentir penas dos condenados, entende que aquela mente perturbada só retira da sua própria mente seus temores, atirando-os sem piedade sobre o primeiro que aparecer. A princesa, ou eu se assim for melhor, permanece calada, sem saber que é julgada, também por seu silencio.
Então, aquele que foi acusado, como defesa natural, se diz ofendido pelas infundadas alegações, também contra ataca, e mais uma vez a princesa e posta a prova.
Então, ardilosos os dois se viram pra ela, sob a única acusação: você não pensa nem nunca pensou sozinha, você e igual a ela, igual e ele.
A princesa se retrai, assustada com a ferocidade de algumas verdades que saem, aparentemente inofensiva da boca de quem ela menos esperava. Mas ela procura entender, é cada vez mais dificil entender os requintes de crueldade de uma mente que ela pensava conhecer bem.
nada faz mais sentido e ela só espera que isso termine, ela quer a paz, mas não e justo desamparar seus aliados diante da guerra. Ela não tomará partido, mas secretamente, ambos a julgam defendendo a parte oposta, a julgam manipulada e incapaz. Exigem sorrisos e compreenções.

Sentada em meu trono, apenas espero, vendo meu reino sucumbir ao caus.
E meu coração, sucumbir a culpa de não poder proteger aqueles que amo.

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