sábado, 17 de abril de 2010

só pra atualizar...

estava esperando algum comentário pra postar de novo... mas deixa pra lá...
conto meu... feito sem nenhum motivo especial... espero que gostem....


Janete apertou a criança contra si enquanto o cruzar de espadas fazia um barulho desesperador. Sentada na cama ela assistia seu marido lutar freneticamente com um dos soldados quem invadiam a pequena vila de Haur. Ela sabia que a sua única esperança seria que o marido vencesse e ela pudesse chegar ate a passagem secreta que levaria até as fortificações do Castelo. Se ele morresse, bem, nesse caso, ela sabia que imploraria com todas as suas forças para morrer também, pois o destino das mulheres numa guerra era pior que a morte.
Ele estremeceu enquanto a espada de seu marido voava para debaixo de seus pés. Era o fim. Ela fechou os olhos enquanto com um grito o agressor golpeava o coração de seu marido. Janete por extinto largou a criança e puxou a espada ensaguentada que caíra aos seus pés. Ela iria lutar até a morte pra proteger seu filho e sua honra,
O soldado lançou um olhar agressivo para Janete e com um sorriso que deixava ver seus dentes podres e disformes ele falou:
- Quer lutar, gracinha?
Janet olhou com repudio o soldado se aproximar. Quando ele estava bem perto, ela desferiu um golpe que arranhou de leve seu braço esquerdo. Ele riu sacartiscamente, entendendo a óbvia falta de intimidade dela com duelos de espada. Ela tentou atingi-lo de novo, mas ele bloqueou com facilidade o golpe dela derrubando a espada dela no chão. Ela se abaixou para pegá-la. O soldado encostou a ponta da espada na garganta de Janete obrigando-a a levantar. Ele mal se importou que ela ainda estivesse segurando a espada, não faria diferença. Ela não era uma ameaça.
- Não quero matá-la – ele disse enquanto decia a espada do pescoço dela fazendo suas vestes se partirem até a altura do umbigo - minha intenção é outra, gracinha...

Uma sensação de raiva explodiu dentro de Janete e ela com nojo deixou que ele se aproximasse e com um golpe de sorte, aproveitando a distracção do seu oponente, ela fincou a espada no ventre do soldado que gritou de dor e caiu de joelhos. Ela, desesperada com o que tinha acabado de fazer, desferiu outro golpe fatal, olhando perplexa para o homem que ela acabara de matar.
Ela pegou o filho nos braços, e puxou a espada do cadáver a sua frente. Ela se sentia como uma assassina, tal qual aqueles invasores que ela repudiava. Mas não era hora para arrependimentos. Ela tinha que chegar até a passagem. Só ali, junto com as outras mulheres do reino (muitas delas viúvas como ela),ela e seu filhos estariam seguros. Janete segurou a criança e correu o mais rápido que suas pernas tremulas poderiam aquentar.

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