Havia nichos que deveriam ser urgentemente preenchidos por novas estátuas.
Minha catedral estava vazia e mal iluminada. E isso não era bom. Mas também não era ruim.
As estatuas do altar principal ainda estavam lá. Intactas.
E o som do vento batendo nos vitrais era envolvente e inebriante.
Anestesiada, não havia dor nem alegria. Só uma ansiedade de percorrer aquela vastidão e enche-la de experiencias e emoções.
E de repor as estátuas roubadas.
Mas eu não sabia onde achá-las. Ou talvez não me importasse tanto assim de estar sem elas.
Os nichos ainda assim, vazios, eram bonitos e bem decorados.
Mas não, faltavam-me as estátuas. Tenho certeza que eram importantes.
E estática eu me deixava confundir num mundo de ouro marmores e afrescos que adornavam meu eu.
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