Ele entrou em casa, cumprimentou minha mãe. Ela logo gostou dele. Óbvio, com aquela cara de menino alegre e aqueles cabelinhos cacheados parecendo um anjinho barroco quem não iria adorá-lo? Ele veio até a mim e me cumprimentou.
Dois beijinhos. Como se tivéssemos intimidade!
Minha irmã faceira do lado dele exibia uma imensa aliança de compromisso.
Ela já tinha conseguido seu Romeu. E eu, dois anos mais velha, sozinha assistindo a cena.
Novidade!
Ela era bonita e conhecia todo mundo. Era o xodó da família.
Sempre ela. A melhor em matemática, a que escrevia melhor, a que dançava melhor, a que saia mais, a que namorava mais, a que brilhava mais. E eu sempre só a irmã da toda poderosa.
Por que ela não se contentava com isso? ela ainda tinha que namorar o garoto mais cobiçado do colégio?
Meus olhos brilhavam sobre eles e eu os invejei no meu invólucro de solidão.
Naquele momento eu não sabia mas, eu namoraria outros rapazes, porém sempre o dela me pareceria melhor.
E de tanto eu desejar, um dia eles se separariam e eu invejaria a força dela ao esquecê-lo. E ele viria até a mim, como segunda opção. Mas eu não ia querer, não tinha mais sentido já que ele não era mais dela.
E eu, inconscientemente, segui a vida me alimentando da felicidade alheia, sem nunca ter me dado conta da minha própria felicidade.
Palavras típicas da bela...
ResponderExcluiraiai..
Esses cachinhos são msmo de vdd? to perdendo mt coisa??? me contaaaaaa...kkk
Bjs pras duas ;D
ahhh não mulher... não é veridico não...
ResponderExcluiré uma coisa antiga que tava no meu caderno...
pode deixar que quando ju trouxer namorado pra dentro de casa vc vai ser umas das primeiras a saber =D